19 de maio de 2010

Testemunho missionário - BC


Olá amigos
Lhes envio relatos da experiência missionária da a Bianca Rosa (missionária dehoniana juvenil - foto) na Argentina, esse mês de janeiro ela foi com mais um jovem participar da missão dehoniana em Catamarca. Voltou com o coração dehoniano repleto de amor e vontade de missionar mais e mais, só precisa de oportunidade... Ela é historiadora e o testemunho da forma que a missão e o IR ao encontro do POVO em nome de Deus mudou a sua visão de mundo e principalmente de igreja são belissímos.


Carol Rosa - SP



Missão Dehoniana Juvenil 2010 – Argentina

Foi com o coração repleto de expectativas e medos que aceitei o convite de ir missionar em terras argentinas, não sabia o que iria enfrentar, sabia que era uma realidade difícil, de um povo humilde e cheio de esperanças de dias melhores, no primeiro momento senti a sensação de incapacidade, porque eu? Se há tantos outros missionários mais capacitados, mas creio que foi uma linda maneira de Deus dizer que confia e capacita, basta o nosso sim para agir em nossa vida, confesso que sempre imaginei caminhar pela América Latina com o meu mochilão repleto de sonhos revolucionários, mas caminhar levando a Boa Nova foi a melhor coisa que já me aconteceu, pude constatar que a verdadeira revolução é a do amor, e construir a civilização do amor é nosso grande desafio.



Falando em desafios...

Começarei relatando a minha maior dificuldade, a comunicação, ou seja, não saber falar espanhol era uma grande barreira a ser ultrapassada, confesso que nos primeiros dias as frases: "Que passa?" , "como?" e "Queeeeeee ?" foram minhas fiéis companheiras. Mas exercitar a escuta e paciência foi outro aprendizado importante, e depois da primeira semana já me arriscava em hablar um poquito, todos na casa foram de extrema importância, me ensinando com paciência desde as coisas as mais simples até as mais complexas. Aprendi que quando se trata do amor de Deus, gestos, sorrisos e atos concretos realmente dizem mais que mil palavras.

Creio que outra palavra chave para relatar um pouco desse meu desafio missionário é a simplicidade, como encanta constatar que as coisas de Deus são simples, independente das acomodações, da alimentação a base de polenta e do banho bem geladinho, todos estavam sempre dispostos e focados no objetivo de estarem ali, aprendendo a transpor seus limites e desprender-se do supérfluo. Como é lindo ver a preocupação com o outro e também em fazer o melhor possível para nos fortalecer como Igreja, como povo de Deus.

Pude observar na prática a universalidade do ser missionário, independente da língua, do espaço e da cultura a carência espiritual, econômica e afetiva do povo é a mesma, ou seja , nós cristãos temos muito a trabalhar em busca de um Reino mais justo e solidário a todos.

Outro aspecto marcante é a pratica da espiritualidade dehoniana sempre presente nesta missão, a mensagem de nosso fundador "sejam como fogo para fazer o coração de Jesus conhecido em todas as partes ..." deve nos impulsionar a sermos agentes de transformação e incendiarmos corações com esse ardor missionário , tão presente em Pe. Dehon que com destreza conseguia equilibrar espiritualidade com ação, e impulsionados pelo exemplo do Sagrado Coração de Jesus sigamos caminhando e lutando para que o nosso coração se assemelhe ao dele.

Foi uma experiência que acrescentou muito para a minha formação humana e espiritual, conviver esses quinze dias com jovens de diferentes países e culturas, mas unidos por um mesmo ideal foi incrível, pude comprovar que a teoria sem a prática é incompleta, pois senti o que significa inculturar-se e o quão importante é adentrar no espaço e começar a SER parte da dinâmica daquela sociedade e quando a proposta é "falar do Amor em nome do Senhor" abrem-se não só as portas, mas também os corações de todos.



O que mudou?...

Quando passamos por determinadas situações marcantes somos levados a refletir quais foram os impactos dessa vivência em nosso ser. Acredito que essa experiência missionária só me trouxe aprendizados, cresci como pessoa , como missionária dehoniana, como cristã e aprendi que confiar na minha capacidade apoiada nos preceitos de Cristo é primordial para sermos agentes ativos de transformação.

Deixar nossos medos e nossa vida acomodada e ir ao encontro do irmão é necessário, fica a sensação de que somos cidadãos do mundo e que não há fronteiras para o amor, somos irmãos independente da língua , da cor da pele, da nacionalidade e, enquanto houverem irmãos que sofrem é sinal que a nossa "missão não pode parar!".

Enfim, me despeço agradecendo, MUCHAS GRACIAS, a Deus por me amar e capacitar, ao projeto da Missão Dehoniana Juvenil que acredita no protagonismo do jovem e caminha aliado com a nova proposta de Evangelização buscando na prática um mundo com mais dignidade para todos.

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